A Hidrografia do Açude Castanhão no Ceará

O Açude Castanhão, localizado entre os municípios de Alto Santo, Jaguaribara, Jaguaribe e Jaguaretama, é o maior açude público para múltiplos usos da América Latina.

Construído em 2003, possui uma capacidade máxima de 6,7 bilhões de metros cúbicos, tornando-se uma importante reserva estratégica de água na região. No entanto, atualmente, o açude está enfrentando uma crise hídrica, estando com apenas cerca de 4% de sua capacidade total. Neste texto, abordaremos a hidrografia do Açude Castanhão, sua história, benefícios e os desafios decorrentes da seca.

A história do Açude Castanhão remonta ao período de sua construção, que teve início em 1995 e foi concluída em dezembro de 2002. O nome Castanhão é uma homenagem à família Cunha, que planejou inicialmente o projeto e possuía uma fazenda com o mesmo nome. Antes da construção do Castanhão, o Açude Orós era o maior açude do Ceará.

Durante a construção do Castanhão, o município de Jaguaribara foi totalmente inundado, levando à perda de patrimônio histórico e à necessidade de construção de uma nova sede, denominada Nova Jaguaribara. No entanto, ainda persistem conflitos relacionados à indenização adequada das terras perdidas e ao patrimônio histórico submerso.

A hidrografia do Açude Castanhão desempenha um papel fundamental no fornecimento de água para diferentes usos.

Além de abastecer a região metropolitana de Fortaleza, o açude também é responsável pela regularização da vazão do Rio Jaguaribe, contribuindo para a gestão dos recursos hídricos na região.

Além disso, o Castanhão tem uma capacidade de geração de energia hidrelétrica de cerca de 22,5 megawatts, o que o torna importante para o suprimento energético da região.

O açude também foi projetado para auxiliar na transposição do Rio São Francisco, um projeto de grande relevância para o abastecimento de água em outras regiões do país.

Outro aspecto interessante da hidrografia do Açude Castanhão é o potencial turístico que ele oferece. O local desperta a curiosidade de mergulhadores devido à fauna e aos mistérios que cercam as ruínas da antiga cidade submersa.

Expedições já foram realizadas no local para mapear o açude e as casas submersas, o que contribui para o desenvolvimento de um polo turístico na região.

No entanto, a seca representa um desafio significativo para o açude Castanhão e para as comunidades que dependem dele.

A falta de chuvas e o baixo volume de água levaram o açude a atingir o chamado volume morto, o que afetou diretamente a pesca, a agricultura e o comércio local.

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