Reforçar as relações entre Ceará e Guiné-Bissau foi a temática da visita de cortesia que o embaixador da Guiné-Bissau no Brasil, M’bala Alfredo Fernandes, realizou ao governador do Ceará, Elmano de Freitas, nesta segunda pela manhã (23), no Palácio da Abolição. Recebido com honras militares, foi a primeira visita oficial do embaixador guineense ao Estado.
Reforçar as relações entre Ceará e Guiné-Bissau foi a temática da visita de cortesia que o embaixador da Guiné-Bissau no Brasil, M’bala Alfredo Fernandes, realizou ao governador do Ceará, Elmano de Freitas, nesta segunda pela manhã (23), no Palácio da Abolição. Recebido com honras militares, foi a primeira visita oficial do embaixador guineense ao Estado.
No encontro, do qual participaram também os secretários da Casa Civil, Max Quintino, das Relações Internacionais, Roseane Medeiros, da Igualdade Racial, Zelma Madeira, e o assessor especial das Relações Institucionais, Nelson Martins, foram discutidas questões relacionadas à cooperação entre o Ceará e Guiné-Bissau nas áreas da educação, pesca, tecnologias para beneficiamento de castanha de caju e trocas comerciais em geral.
O governador Elmano de Freitas destacou a grande contribuição dos estudantes da Guiné-Bissau para fortalecer a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), situada em Redenção, como um polo de integração entre Brasil e o continente africano. Além disso, destacou que quer incentivar a cadeia da cajucultura, que também é muito forte no Ceará, como uma das principais na relação comercial entre as duas partes. Da Guiné-Bissau, a Unilab possui 672 alunos na Graduação e 8 na Pós-Graduação. “Agradeço a visita do embaixador e reforço a disponibilidade para estreitarmos ainda mais as relações comerciais com os países africanos”, disse o governador.
“O que nos une ao Ceará não é apenas a história, mas também a atualidade”, destacou o embaixador M’Bala Fernandes. De acordo com ele, o Ceará possui a maior comunidade de guineenses no Brasil e dá grande contribuição aos jovens que saem da Guiné-Bissau para estudar na Unilab. Destacou ainda as relações comerciais que existem entre os dois países e a necessidade de estreitar ainda mais o relacionamento principalmente em alguns setores, como o da pesca e da castanha de caju, do qual o país africano é um dos principais produtores mundiais.
Relações entre Ceará x Guiné-Bissau
Na pauta brasileira de comércio exterior, o Ceará é o 4º estado brasileiro em exportações para Guiné-Bissau. No ano de 2022, o valor das exportações cearenses para o país chegou a US$ 117 mil, obtendo crescimento de 27% em comparação ao ano anterior. Os principais setores exportadores são “vestuário e seus acessórios, de malha”, com 45,1% de participação e US$ 53 mil em produtos vendidos, um aumento de 62% em relação a 2021. Produtos como roupas íntimas femininas de algodão, especialmente de Caucaia, foram os mais vendidos para o país.
Também fazem parte dos produtos mais exportados do Ceará para Guiné-Bissau, margarinas (27,8%) provenientes do município de Fortaleza, contabilizando US$ 32,7 mil em vendas e calçados (14,28%), que geraram o total de US$ 16,8 mil em negócios oriundos do município de Caucaia.