Presidente da Associação de Empreendedores da Beira Mar (ABBMAR), Pedro Fonseca prevê aumento de faturamento de pelo menos 100% das barracas e aumento no número de contratações.

Empresários da Beira Mar e representantes da Prefeitura de Fortaleza reclamam da demora para implementação de nova fiação elétrica subterrânea no local, um dos principais polos de turismo de Fortaleza. Enquanto o serviço não é realizado, parte das barracas de praia seguem operando em contêineres, instalados temporariamente durante a execução das obras. Enel diz que obras para implantação começam em junho.

De acordo com o secretário da Regional II, Rennys Frota, alguns dos pedidos para a instalação elétrica datam de três meses atrás e continuam sem resposta. A responsabilidade para o serviço, essencial para que os estabelecimentos possam operar nas estruturas definitivas, é da Enel Distribuição Ceará. Para a Prefeitura, a concessionária explica que o atraso é de ordem interna, no processo de aquisição de materiais.

Enquanto a ligação definitiva não é concluída, Rennys defende que a gestão municipal está fazendo ligações provisórias por meio de cabos aéreos quando há condições técnicas para isso. Ele ressalta que a energização da Beira Mar é um dos principais pontos do projeto de reestruturação da área e cobra celeridade na implantação.

Pedro Fonseca, presidente da Associação de Empreendedores da Beira Mar (ABBMAR) e coordenador do Fórum de Turismo do Ceará, destaca que a lentidão do processo acaba resultando em um impacto econômico e social. “A maioria das pessoas que trabalham na Beira-mar são da periferia da Capital e da Região Metropolitana. Com a nova estrutura vamos poder contratar mais gente, pois o número de clientes para atender também crescerá”, argumenta.

Ele prevê um aumento de pelo menos 100% no faturamento das barracas com a nova estrutura, assim como o fortalecimento de outras cadeias do turismo local, como a rede hoteleira. “Parece algo tão simples, mas tem implicações grandes. Se o turista não vai para as barracas, acaba também não indo para a feirinha e outros lugares. Ele vai embora com uma imagem ruim de Fortaleza”, pontua.

Fonseca cobra maior velocidade para a execução do projeto e diz que a Associação levará o caso ao Ministério Público Federal (MPF), se a situação se prolongar. “É uma obra que não começou ontem, já houve muito tempo para se planejar. A Enel precisa ser chamada para sua responsabilidade social, ela não pode impedir que a população tenha o serviço de qualidade e, por uma omissão dela, tenha redução da oferta de empregos e renda”, enfatiza.

Titular da Secretaria Municipal do Turismo de Fortaleza (Setfor), Alexandre Pereira também reclama que o atraso atrapalha as pessoas que dependem do funcionamento das barracas. “As pessoas já estão usando novamente a Beira-mar para caminhadas e corridas, por exemplo, e as barracas são um ponto importante para retomar o turismo na região”, considerou.

Por meio de sua assessoria, a Enel confirma que alguns pedidos foram feitos há três meses, mas salienta que há uma série de etapas a serem cumpridas para que a instalação seja feita. “A distribuidora informa que o pagamento foi realizado pela Prefeitura neste mês de maio e a obra será iniciada no mês de junho próximo, quando parte das barracas, quiosques e banheiros contarão com o fornecimento de energia”, esclarece em nota. Outros trechos da praia seguem sendo alinhados junto à prefeitura, conforme explica a Enel.

Leia a íntegra da nota enviada pela Enel:

“A Enel Distribuição Ceará esclarece que o projeto de fiação subterrânea da Avenida Beira Mar, de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza, passou pelas fases de aprovação, vistoria e pagamento do orçamento. A distribuidora informa que o pagamento foi realizado pela Prefeitura no mês de maio e a obra será iniciada no mês de junho, quando parte das barracas, quiosques e banheiros contarão com o fornecimento de energia. Outros trechos ainda estão passando por alinhamentos junto à Prefeitura Municipal. A companhia está mantendo diálogos constantes com o poder municipal sobre o tema”.

Com informações do O Povo

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