Planta de hidrogenio verde Fonte Focus

Na abertura do evento, a governadora Izolda Cela ressaltou que o Ceará já tem 19 memorandos de entendimento para a produção do combustível do futuro

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A governadora do Ceará, Izolda Cela, participou, na manhã da quarta-feira (3), da abertura da primeira edição do Fiec Summit 2022, promovido pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em Fortaleza. Voltada ao Hidrogênio Verde, a programação do evento acontece até quinta-feira (4), com palestras e apresentações de cases nacionais e internacionais, além de exposições, debates e rodadas de negócios.

Em sua fala, a governadora avaliou que fortalecer a agenda de transição energética é uma luta pelo planeta, para proteger a natureza e as pessoas. Nesse sentido, Izolda Cela destacou a ambiência de cooperação no Ceará em torno do Hub de Hidrogênio Verde.

“É um compromisso moral nosso nesse momento histórico frente às gerações que vêm depois de nós, que têm o direito e a necessidade de habitar esse planeta em condições melhores, com bem-estar e mais igualdade. É uma agenda importante porque também sinaliza o fortalecimento do desenvolvimento a partir dos usos de recursos naturais, e aquecendo a economia através disso. Também se conecta com a redução no custo de energia, que repercute na segurança econômica e alimentar, principalmente em países como o Brasil. O Ceará se posiciona nessa estratégia global com o sonho de ser a casa do Hidrogênio Verde. Nós estamos fazendo o nosso dever de casa para isso”, garantiu.

Para o desenvolvimento do Hub de Hidrogênio Verde, que será implantado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante, já foram assinados entre Governo do Ceará e multinacionais 19 memorandos de entendimento. Os acordos sinalizam investimentos superiores a US$ 20 bilhões.

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Ainda segundo a governadora, a produção de H2V no Pecém favorece a criação da renda do sol, com base na necessidade de uma cadeia produtiva de energias renováveis. “Além da indústria de produção de hidrogênio instalada no Pecém, nós podemos ter uma distribuição de produção tanto de energia eólica como solar por todo o estado. Podemos ter pequenos proprietários de terras no interior do Ceará com suas áreas, por exemplo, destinadas à instalação de painéis solares, de forma a garantir a renda do sol. É uma possibilidade que a gente vislumbra, além da inovação e capacitação de pessoas”, acrescentou Izolda Cela.

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O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, afirmou que o Brasil, especialmente o Nordeste brasileiro, se destaca no movimento mundial de descabornização da economia por manter uma matriz enérgica renovável. “O Hidrogênio Verde é fator fundamental para o desenvolvimento industrial do Nordeste. Desenvolvimento esse que nunca tivemos nos últimos 70 anos. O Hidrogênio Verde vai mudar, sim, a situação econômica e social do Nordeste. Queremos ver o Ceará e o Brasil como protagonistas. Nosso compromisso é com um futuro mais verde”.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, reforçou que o Ceará tem capacidade para produzir e exportar energia renovável para diversos países. “O mundo busca um porto seguro para produzir, de um país amigo, e que tenha energias verdes excedentes. Esse país é o Ceará”.

Mar de oportunidades

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As potencialidades do território cearense são definidas não apenas pela boa localização, sol, vento forte e imenso litoral, mas também pelo ambiente positivo para o desenvolvimento do ecossistema do H2V. Ecossistema que já conta com a produção de energias renováveis (eólica onshore, eólica offshore e fotovoltaica), a infraestrutura de logística do Complexo do Pecém, com a única Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em funcionamento do Brasil, e a parceria com o Porto de Roterdã – o maior da Europa.

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