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Decisão do governo do Estado tem como base a regressão dos casos da doença, e vale a partir da segunda-feira (21)

Seguindo o exemplo adotado em outros estados brasileiros, o Ceará começa a flexibilizar o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 a partir da próxima segunda-feira (21), segundo anúncio do governador Camilo Santana. O uso do item passa a ser facultativo em ambientes abertos em todo o território cearense.

A obrigatoriedade está mantida para lugares fechados e no transporte público, segundo o governo do Estado. A medida foi acatada durante reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia na tarde desta sexta-feira (18), e será publicada em decreto.

Os números da pandemia, que seguem em queda, continuarão a ser avaliados nas próximas semanas, conforme o chefe do Executivo Estadual. O anúncio foi feito ao lado do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira, e do secretário da Saúde, Marcos Gadelha.

Os gestores agradeceram todos os profissionais de saúde e comentaram a emoção de estar avançando no combate à Covid-19. Camilo, inclusive, comentou que o Comitê Estadual teve sua primeira reunião totalmente presencial nesta sexta, em face da melhora dos índices da doença no Ceará.

“Obrigado a todos os cearenses que têm nos dado apoio. E eu repito que nossas decisões sempre foram pautadas na ciência, com o objetivo de salvar vidas”,  comentou Camilo.

O uso da máscara no Ceará é obrigatório desde julho de 2020, após sanção do governador Camilo Santana. O protocolo para essa flexibilização começou a ser discutido pelo Governo do Estado na semana passada.

A decisão se baseia na regressão dos índices de Covid-19 observado no Estado após o surto da variante ômicron, assim como no avanço da vacinação nos municípios. O índice de positividade da doença segue baixo.

Mortes por Covid caem 84% em março

A redução de casos confirmados da doença reflete também no número de óbitos. As complicações da Covid levaram 65 pessoas à morte na primeira quinzena de março no Ceará – registro 84,4% menor em comparação com os primeiros 15 dias de fevereiro, quando 418 vidas foram perdidas.

Dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), mostram que os diagnósticos positivos para a Covid passaram de 21.271, no recorte quinzenal do último mês, para 1.072 no período atual. Isso representa um declínio de 95% nas confirmações.

Os casos confirmados seguem tendência de queda quando comparados também com a primeira metade do mês de janeiro: só naquele momento foram 110.262 confirmações da doença. Na época, 230 pacientes morreram por causa da Covid.

Com a queda no número de casos e de óbitos, também há menor procura por exames para identificação do coronavírus. Janeiro começou com 165.640 testes, enquanto fevereiro notou 114.195 exames. Em março, esse número caiu para 17.319.

Variação de casos e óbitos nas primeiras quinzenas no Ceará

Análise mostra queda de casos comparando os primeiros 15 dias dos últimos três meses.

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O cenário de menor transmissão observada nesse momento também se reflete na baixa pela procura por unidades de saúde. Atendimentos por Covid e síndromes gripais caem mais de 80% em UPAs de Fortaleza.

“Com a vacina, os casos ficaram menos graves, e as pessoas que adoeceram não sentiram necessidade de ir para a UPA, porque não tinha urgência”, explicou a infectologista Mônica Façanha em entrevista ao Diário do Nordeste.

O reforço da vacina e as medidas de prevenção da doença permanecem como relevantes para evitar novos crescimentos de casos.

“A gente precisa nesses dias de observação ter esses cuidados, ficar atento para ver se realmente os atendimentos não aumentaram e torcer para não aparecer nenhuma cepa nova resistente a vacina”, concluiu.

Declínio da terceira onda

Em Fortaleza, por exemplo, o cenário epidemiológico atingiu um patamar de baixa transmissão, confirmando o declínio da terceira onda da Covid. A média móvel de casos positivos da última semana foi de 13,1 correspondendo a uma baixa de 63% se comparada ao mesmo índice das duas semanas anteriores, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Outro indicador que confirma a desaceleração da terceira onda na Capital é a diminuição nos acolhimentos médicos em postos de saúde e em Unidade de Pronto Atendimento (Upas).

Conforme o levantamento da Pasta, há estabilidade na demanda assistencial, além de queda nos testes positivos para Covid-19. Isto sugere que uma proporção das síndromes respiratórias atendidas foram causadas por “outras viroses sazonais” e não pelo Sars-CoV-2.

Com Informações  do Diario do  Nordeste

 

 

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