O investimento do Tesouro Estadual na aquisição dos veículos foi de quase R$ 13 milhões
Os 184 municípios cearenses começaram a receber, na manhã de ontem quinta-feira (31), um carro doado pelo Governo do Ceará. O veículo será de uso exclusivo para ações de fortalecimento da assistência social da população. A iniciativa faz parte do Pacto pelo Fortalecimento das Políticas de Assistência Social, lançado em 2021. O investimento para a compra dos automóveis foi de R$ 12.811.868,48.
O objetivo com a doação dos carros é dar ainda mais condições para que os profissionais desenvolvam o atendimento de maneira satisfatória à população, explicou o governador Camilo Santana. “Estamos entregando um veículo a cada município para fortalecer as suas ações. São veículos importante para as visitas, para o trabalho dos assistentes sociais que fazem essa missão social dos municípios”, disse. O chefe do Executivo estadual também enfatizou iniciativas que estão em desenvolvimento para auxiliar as famílias mais carentes. “Estamos fortalecendo também o programa Mais Infância Ceará. Cada município hoje tem um coordenador do programa. Desde o ano passado, o número de famílias beneficiadas com a transferência de renda do Cartão Mais Infância vem aumentando, fazendo parte de todo um conjunto de ações pra fortalecer a assistência social aos que mais precisam no Ceará”, disse Camilo.
O Pacto pelo Fortalecimento das Políticas da Assistência Social, lançado em setembro do ano passado, prevê a aplicação de mais de R$ 72 milhões na área. Chegar com uma atenção de qualidade nas famílias que mais precisam do Estado é a ideia, afirmou a vice-governadora Izolda Cela. “Vejo como uma frente de ação muito importante do Governo do Estado esse fortalecimento da ação de assistência social em cooperação direta com os municípios. Considero que é muito importante porque chega na população que mais precisa, de uma forma mais direta para aquelas em situações de maior vulnerabilidade. Essas pessoas é que precisam da mão do Estado para terem suas vidas melhoradas”, declarou.
Dentre as ações planejadas, podemos destacar a distribuição de computadores para cada um dos 396 Centros de Referência da Assistência Social (Cras), bem como a construção de novos centros; a realização do Prêmio Referência Social para valorizar os equipamentos com melhor desempenho no atendimento às famílias cearenses; cofinanciamento de todos os Cras estaduais; contratação de agentes sociais; e criação do Big Data Social.
Idealizadora do Programa Mais Infância, a primeira-dama do Ceará, Onélia Santana, crê que ações como essa terão bons frutos. “É uma medida que acredito que terá bons resultados porque é uma ferramenta importante de chegar até aquelas famílias que estão em vulnerabilidade social. É o Governo do Estado, juntamente com os municípios, chegando até essas famílias e garantindo os direitos da criança e da mãe de família”, avaliou Onélia.
Parceria
Para Júnior Castro, prefeito de Chorozinho e presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), o trabalho que o Governo do Ceará vem fazendo na assistência social está suprindo uma lacuna deixada pela União na área. “Isso vem pra fomentar, melhorar e fazer com que os municípios tenham mais condições de promover uma assistência de qualidade. Assistência que os municípios nesses últimos anos têm tido dificuldade para manter o seu custeio devido à diminuição dos repasses do Governo Federal, ao tempo em que o Governo do Estado vem tendo essa atitude de promover essa parceria, levando a melhoria na oferta dos serviços da assistência social” ressaltou o prefeito.
A secretária da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, Socorro França, destacou esse esforço feito para dar atenção à população. “Enquanto o Brasil está na contramão da assistência social, o Ceará está lançando recursos para o trabalho da proteção social. São 396 Cras cofinanciados pelo Estado. Além disso, existe também uma política do Mais Infância forte que é a transferência de renda pra 150 mil famílias que são acompanhadas, e esses carros vão exatamente servir para esse acompanhamento, porque de nada adianta transferir a renda se você efetivamente não acompanhar a família para saber as políticas públicas que devem ser adotadas”, disse a titular da SPS.