A exposição “Imagens para o Futuro” abre no sábado; programação de férias para crianças segue com diversas oficinas e espetáculos
O Museu da Imagem e do Som do Ceará promove abertura da nova exposição “Imagens para o Futuro” e segue com a programação especial “Férias no MIS”, com espetáculos e diversas atividades lúdicas e educativas voltadas para crianças, jovens e suas famílias. Nesta semana (10 a 14 de julho), as atividades acontecem diariamente e incluem oficinas de desenho animado, light paint e de música indígena, construção de maquetes e de óculos 3D, caça ao tesouro e espetáculo musical. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.
Abertura de nova exposição: Imagens para o Futuro
O Museu da Imagem e do Som do Ceará inaugura no sábado (13) uma nova exposição fotográfica. “Imagens para o Futuro” reúne 36 fotografias de várias regiões do Brasil produzidas por 32 artistas. A abertura será às 17h30, com acesso gratuito. A curadoria é das editoras Ivana Debértolis e Mônica Maia. A exposição fica em cartaz no andar + 2 do Anexo até 01 de setembro e conta com recursos de acessibilidade.
O projeto apresenta um recorte visual sobre os possíveis caminhos para nossa sociedade do ponto de vista dos direitos sociais, que devem ser compartilhados por todos os seres humanos, tais como: educação, saúde, moradia, trabalho, alimentação, segurança e lazer.
São olhares sobre a contemporaneidade que também apontam, com certa esperança, para o que está por vir. “As imagens atravessam diversas expressões, no caso da fotografia documental e jornalística, que circulam quase que simultaneamente com os fatos, impactam diretamente as realidades e provocam reações, reflexões e movimentos que ressignificam a fotografia”, destaca a curadora Mônica Maia.
Como explica a também curadora Ivana Debértolis, “as imagens miram o futuro e aventam possíveis caminhos para a nossa sociedade, do ponto de vista dos direitos sociais”. Para ela, o recorte imagético proposto na exposição convida a imaginar a existência como lugar sonhado e alcançado, no qual nenhum ser é alheio e em que todos se reconhecem sem distinção.
Durante a abertura, haverá um debate sobre o tema da exposição com a jornalista especializada em fotografia Simonetta Persichetti, crítica de Fotografia e pós-Doutora pela Escola de Comunicação e Artes, USP (2017). “Neste momento de espanto com as novas possibilidades e com o abalar das nossas certezas, talvez o mais importante seja repensar o papel da imagem dentro de um contexto sócio-histórico. Como ela impacta nossa vida tanto do ponto de vista ético como estético. Refletimos por meio das imagens, agimos por meio das imagens, elas nos ajudam a pensar. Se no final da década de 1970 e início de 1980, os filósofos tiraram a fotografia da sua aplicabilidade para inseri-la na área da cultura, agora devemos percebê-la de maneira mais contundente como um fenômeno comunicacional”, reflete Simonetta.
A exposição propõe, por meio das fotografias, uma reflexão sobre os modelos atuais de convivência humana, assim como apresenta iniciativas que poderiam salvar nosso porvir, por contribuírem para uma sociedade mais humana, justa, igualitária e com respeito às diferenças e liberdades individuais. Assim, o projeto traz à tona imagens críticas, que expõem as fissuras da realidade atual no que diz respeito aos direitos econômicos, sociais, culturais, civis ou políticos, ao lado de outras, que insinuam novos e possíveis caminhos no âmbito desse contexto.
A partir de uma pesquisa, foram selecionadas imagens fotográficas produzidas em todas as regiões do país, no período de 2012 a 2023, buscando construir uma narrativa imagética contestadora e abrangente das diversas realidades existentes país afora. O propósito de trazer tais questões essenciais para o debate é incentivar e promover o pensamento crítico e independente, que pode vir a contribuir para a transformação de práticas rumo à construção de um futuro mais justo para a sociedade em sua abrangência.
Um audiopoema é executado ininterruptamente durante a visitação, com conteúdo composto pela artista Karen Debértolis especialmente para a exposição. A intenção é criar um diálogo entre as imagens e a ambientação sonora, ampliando a experiência do público.
Para promover a acessibilidade, todas as fotografias expostas terão sua representação em fotografia tátil e uma audiodescrição, possibilitando que as pessoas cegas ou de baixa visão possam interagir com as imagens. Haverá ainda um vídeo em Libras (Língua Brasileira de Sinais) explicando a proposta da exposição.
Confira a lista de artistas participantes:
Ahmad Jarrah
Alex Almeida
Amanda Perobelli
Ana Carolina Fernandes
Andressa Zumpano
Antonello Veneri
Brenda Alcântara
Bruno Morais
Christian Braga
Dan Agostini
Danilo Verpa
Diego Baravelli
Felipe Fittipaldi
Gisele Martins
Helen Salomão
Hudson Rodrigues
Hugo Martins
Ilana Bar
Ingrid Barros
Isis Medeiros
Lalo de Almeida
Luca Meola
Luisa Dörr
Márcia Foletto
Milena Paulina
Mônica Zarattini
Rafael Mattar
Rafael Vilela
Raphael Alves
Rejane Alice
Tiago Queiroz
Walda Marques
Férias no MIS
Reconhecendo a importância do lúdico para o desenvolvimento infantil, o MIS oferta atividades que trabalham a criação e a experimentação, estimulando os sentidos, a imaginação e a criatividade. Na quarta (10), acontecem as oficinas “Anima MIS: oficina de desenho animado em stop motion” e “Luz, câmera, ação: como transformar o Casarão em um espaço de stop motion”. Na quinta (11), haverá as oficinas “Traçar linhas, encaixar peças: construindo meu patrimônio” e “Brinquedos ópticos: produção de óculos 3D”. Na sexta (12), será realizada a oficina “Luz em movimento – oficina de light paint” e uma Caça ao Tesouro. No sábado e no domingo (13 e 14), acontece a “Oficina de cantos, rezos e música Fulni-ô”, além da abertura da exposição “Imagens para o Futuro”. No domingo (14), haverá o espetáculo “A idade da terra”, com o grupo Paiaçus.
Confira abaixo a programação completa da segunda semana das Férias no MIS:
OFICINA | Anima MIS: oficina de desenho animado em stop motion
Com Carol Rodrigues e Viviane Lima
Público-alvo: 10 a 14 anos
10 de julho, quarta, de 10h às 11h30 | Sala Multiuso | 15 vagas
A atividade consiste em uma ação coletiva de elaboração de desenhos que serão animados em edição de stop motion. Alinhando com a exposição “Laboratório dos Sentidos”, a ação propõe a criação de desenhos em sequência pelos participantes para produzir um grande mural. O produto final da oficina será exibido no telão da praça do MIS.
Inscrição: por ordem de chegada.
OFICINA | Luz, câmera, ação: como transformar o Casarão em um espaço de stop motion
Com Carol Rodrigues, Viviane Lima e Nair Beatriz
Público-alvo: 8 a 12 anos
10 de julho, Quarta, de 15h às 17h | Casarão | 10 vagas
A oficina se relaciona com a exposição “Laboratório dos Sentidos” e a história do Casarão, alinhando tecnologias e patrimônio material e imaterial. A oficina consistirá na animação de imagens dos participantes dentro e fora do Casarão, com objetivo de produzir um pequeno vídeo animado na técnica do stop motion. Durante a prática o grupo vai realizar algumas imagens em sequência. O produto final da oficina será exibido no telão da praça do MIS.
Inscrição: por ordem de chegada.
OFICINA | Traçar linhas, encaixar peças: construindo meu patrimônio
Com Carol Rodrigues e Viviane Lima
Público-alvo: crianças a partir de 7 anos
11 de julho, quinta, das 10h às 11h30 | Sala Multiuso | 10 vagas
Essa atividade discorre primeiramente sobre o Casarão e a partir disso os participantes irão produzir maquetes deste lugar que abriga o Laboratório dos Sentidos. A oficina trabalha sobre a história, arquitetura e a importância do local, reconhecendo suas características, a partir da possibilidade de uso de materiais simples que podem ser usados para produzir uma maquete lúdica. No processo de contar a história do Casarão vem o ensino para construir uma maquete. Durante o processo, diversas linguagens artísticas serão exploradas, como desenho, colagem, construção de objetos, arquitetura, história e patrimônio.
Inscrição: por ordem de chegada.
OFICINA | Brinquedos ópticos: produção de óculos 3D
Com Nair Beatriz
Público-alvo: 10 a 14 anos
11 de julho, quinta, de 14h às 15h30 | Sala Multiuso | 10 vagas
Esta oficina propõe introduzir as crianças e os demais participantes nos primeiros experimentos de ilusão de ótica que deram origem ao cinema 3D a partir da montagem manual do estereoscópio – primeiro instrumento criado para visualizar imagens tridimensionais – e a partir disso, pensar nas dimensões técnicas de brincar com a imagem e a ilusão com o uso do celular e de equipamentos manuais.
Inscrição: por ordem de chegada.
OFICINA | Luz em Movimento – Oficina de Light Paint
Com Keli Pereira
Público-alvo: 10 a 12 anos
12 de julho, sexta, de 15h às 17h | estúdio de foto e vídeo | 12 vagas
Nesta experiência imersiva, os participantes aprenderão técnicas de pintura com luz, manipulando lanternas, LEDs e outros dispositivos luminosos para criar composições únicas e impressionantes. Desde simples traços de luz até formas complexas e abstratas, os participantes explorarão sua criatividade enquanto mergulham no mundo da fotografia.
Inscrição: formulário a ser disponibilizado no perfil do MIS no Instagram (@mis_ceara)
Vem brincar no MIS | Caça ao tesouro
Com Viviane Lima, Carol Rodrigues, Sam Célio e Romã
Público-alvo: crianças a partir de 6 anos
12 de julho, sexta, de 16h às 17h30 | Casarão e Praça MIS | 15 vagas
Como forma de levar a história do MIS e do Casarão para o público infantil, essa atividade foi pensada para aliar conceitos de memória e patrimônio cultural material e imaterial, por meio de informações, charadas e pistas baseadas na história do MIS, de seu acervo, e sobre imagem e som. Os participantes percorrem diferentes percursos com o objetivo de despertar a consciência histórica e a importância de salvaguardar a cultura local por meio de uma caça ao tesouro.
Inscrição: por ordem de chegada.
OFICINA | Oficina de cantos, rezos e música Fulni-ô
Com Povo Fulni-ô
13 e 14 de julho, sábado e domingo, de 14h às 18h | Sala multiuso | 25 vagas
As pessoas irão aprender sobre as manifestações musicais do Povo Fulni-ô, cantos sagrados, cafurnas, rojão e samba de coco, aprendendo sobre a sonoridade e a ocasião em que cada música é tocada, sobre os instrumentos tocados (chocalhos e maracás), como são produzidos e seus principais usos. A música presente na aldeia é a linguagem que provavelmente mais dialoga com as pessoas, indígenas e não-indígenas. É recurso para diferentes usos e ocasiões, dentre essas sobressai-se o Toré (ou Tolé): “O Toré é o mastro da religião Fulni-ô”. As cafurnas e rezos estão presentes no cotidiano da vida na aldeia, com seu caráter sagrado, comunicando a relação do Povo Fulni-ô com os seres da natureza. O coco é uma manifestação festiva, presente nas datas comemorativas, reunindo as pessoas em rodas e danças coletivas. Na oficina, os presentes irão vivenciar a respeito dessas manifestações culturais, experienciando a cultura Fulni-ô. Ao final da oficina será feita uma vivência prática.
Inscrição: por ordem de chegada.
ESPETÁCULO | A idade da terra
Com Paiaçus
14 de julho, domingo, de 17h30 às 18h30 | Praça do MIS
Ópera rock infantil bilíngue (Português – Libras) que conta a história de um menino chamado Eló e de seus dois pais, artistas mambembes e populares do sertão nordestino, em busca do macaco Ligeirinho, que faz parte dos shows e das peripécias da trupe, que um dia se perde em uma caverna encantada e misteriosa. Teatro, música, embolada, aventura e brincadeiras embalam a narrativa, recheada de conhecimento e imaginação.
Serviço
Museu da Imagem e do Som do Ceará
Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.
Funcionamento:
Quarta e quinta: 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30.
Sexta a domingo: 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.
Entrada: gratuita.
Acompanhe a programação: @mis_ceara
