Dados constam na última edição do Radar do Varejo Cearense, relacionado ao mês de outubro/2024.
O Ceará segue em uma trajetória de recuperação econômica com destaque para a queda no número de consumidores negativados, conforme o Indicador de Inadimplência do SPC Brasil e da FCDL-CE. Em outubro de 2024, foi registrado um recuo de 3,3% no total de inadimplentes em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este é o sexto mês consecutivo de queda anual, reforçando uma tendência positiva que acompanha o cenário nacional.
Embora o avanço no curto prazo indique um leve aumento de 0,5% no número de negativados em relação a setembro, a redução sustentada ao longo do último semestre sinaliza uma desaceleração na inadimplência. No entanto, o montante médio devido por cada inadimplente subiu de R$ 3.927,80 em outubro de 2023 para R$ 4.157,30 no mesmo mês de 2024, um crescimento que sugere maior concentração de dívidas.
Criação de empregos formais reforça o cenário otimista
Outro dado relevante que contribui para o otimismo econômico no Ceará é a contínua geração de empregos formais. De acordo com o CAGED, o estado criou 23,2 mil vagas formais no terceiro trimestre de 2024, com destaque para o setor de Serviços, responsável pelo saldo de 3.908 postos de trabalho em setembro.
A Indústria e o Comércio também desempenharam papéis importantes, gerando 2.547 e 1.828 vagas, respectivamente. No acumulado do ano, o estoque total de empregos formais no estado alcançou 1,4 milhão, representando um crescimento de 4,0% em relação a dezembro de 2023.
Apesar de ainda abaixo da média nacional (4,4%), o desempenho do Ceará demonstra uma recuperação sólida, favorecida pelo aumento da oferta de trabalho e pela redução gradual da inadimplência. Esses fatores contribuem para a confiança na retomada econômica, mas ainda há desafios, como o crescimento no valor médio das dívidas, que merece atenção das autoridades e do mercado.
“O crescimento da oferta de empregos formais, todos sabemos, é o termômetro que atesta a saúde financeira e econômica do Estado, com impacto imediato sobre o poder de compra do consumidor, com reflexos de primeira hora sobre a atividade varejista”, destacou Freitas Cordeiro, presidente da FCDL-CE.
A pesquisa completa pode ser acessada no site da FCDL-CE: fcdlce.org.br