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Ao todo, foram executadas 6.765 diligências na Operação Átria nos 184 municípios cearenses

Mais de 321 suspeitos foram presos no Ceará durante a Operação Átria, a maior já realizada no combate a crimes de violência contra a mulher, em razão de gênero, no País. A Operação foi realizada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE), por meio da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE).

A operação começou no dia 27 de fevereiro deste ano e até o seu encerramento, que ocorreu na última terça-feira (28), foram mais de 2.512 denúncias apuradas e cerca de 6.765 diligências policiais realizadas. Foram 235 autos de prisão em flagrante lavrados, 86 mandados judiciais de prisão cumpridos, totalizando 321 suspeitos presos; oito mandados de busca e apreensão cumpridos, 16 armas de fogo apreendidas, 1.070 medidas protetivas de urgências solicitadas, 33 retiradas de pertences das vítimas realizadas, 2.677 vítimas atendidas, 13 vítimas resgatadas, 752 inquéritos policiais instaurados e 729 concluídos.

As ações foram realizadas pelas Polícias Civis dos 26 estados e do Distrito Federal sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No Ceará, a operação foi realizada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e contou com o apoio da Militar do Ceará (PMCE).

“A Átria é uma operação de extrema importância no enfrentamento da violência de gênero contra a mulher, e as ações realizadas têm caráter permanente e continuado”, destacou a diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da PC-CE, Janaína Braga.

“Foram 30 dias intensos, dando prioridade as ocorrências policiais/ atendimento de vítimas de violência doméstica e familiar, notadamente nas Delegacias de Defesa da Mulher, no total de dez, com o escopo de acolher e incentivar a denúncia e a pedir ajuda”, relata a diretora adjunta do DPGV da PC-CE, Rebeca Cruz.

Para o secretário nacional de segurança pública do MJSP, Tadeu Alencar, os indicadores da operação deixam evidente que nas políticas públicas de segurança do país, deve haver uma centralização no eixo de enfrentamento a violência contra a mulher e o trabalho das equipes envolvidas é fundamental para reforçar o sucesso da operação.

Ao todo, no Ceará, mais de 313 policiais civis e militares atuaram de forma conjunta, na busca de suspeitos de feminicídio, ameaça, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes, no Ceará.

Na Átria, também foram promovidas ações educativas que visam a prevenção à violência de gênero, dentre elas, 135 palestras, aulas, rodas de conversas e panfletagens em jogo de futebol foram realizadas pelas polícias levando informações acerca dos tipos de violência doméstica e familiar, orientando as mulheres a buscarem ajuda.

Canais de denúncia

As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo número 180, que atende em todo o território nacional, 24 horas por dia. As informações também podem ser repassadas pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), responsável pelo serviço. No site, está disponível o atendimento por chat e com libras.

As denúncias também podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

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