A promoção de um policiamento comunitário mais próximo da população é o objetivo do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac), da Polícia Militar do Ceará, que teve a formação de sua primeira turma nesta terça-feira (9).
A governadora do Ceará, Izolda Cela, participou do encerramento do curso, no qual 29 policiais militares foram preparados para a atuação especializada.
A lógica de uma ação mais próxima da comunidade para apoiar, defender e conhecer a realidade local será o diferencial desse trabalho realizado pelo Governo do Ceará, acredita Izolda Cela. “Isso é a expansão do sistema de segurança que precisa estar em diversas frentes. A Polícia Militar tem outras tantas modalidades com preparação, com abordagens para diferentes situações. Então, esse serviço expande mais ainda e fortalece essa área muito importante, que é uma aproximação maior com a comunidade. Isso gera confiança, crédito na instituição, que é algo também fundamental para o sucesso dos nossos objetivos”, destacou a chefe do Executivo Estadual.
O Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades recebeu um investimento inicial de R$ 3.323.528,61. Compõem a sua estrutura operacional 645 policiais militares, 56 viaturas e 38 bases. Os princípios de atuação do Copac são territorialização das ações, policiamento especializado em vulnerabilidades, relacionamento do policial com a comunidade e atenção conjunta da Polícia com as políticas de Proteção Social.
Ao comentar a redução de 6,7% e 19% dos homicídios em todo o Ceará e Região Metropolitana de Fortaleza, respectivamente, nos sete primeiros meses de 2022, comparado ao mesmo período do ano anterior, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sando Caron, reforçou que a atuação do comando especializado vem casar com as demais políticas adotadas na área para dar ainda mais efetividade. “Mesmo com resultados expressivos, o Estado acha que ainda mais pode ser feito. E aí estamos aqui formando a primeira turma do Copac. Mesmo com redução de homicídios estamos sempre buscando novos investimentos, novas estratégias. O Copac era, para mim, o elemento que faltava no sistema de segurança. Já tínhamos uma repressão extremamente qualificada, investigações sobre o tráfico de drogas e crime organizado, e agora temos uma prevenção extremamente qualificada”, avaliou o titular da SSPDS.
Os 29 policiais militares passaram por 160 horas/aula de formação voltada especificamente para este tipo de policiamento, tendo acesso a conteúdos sobre mediação de conflito, justiça restaurativa, comunicação não violenta, emprego de armas menos letais, escuta especializada, depoimento especial, dentre outros.
O grupamento está sob o comando do major Messias Mendes, que comentou sobre o papel das equipes na função de ser o braço social da Polícia Militar. “O Copac é uma marca de qualidade, sofisticação e modernidade na segurança pública. A gente entende que para fazermos tudo isso o mais importante é a formação, é desenvolver esse policial, que já tem uma habilidade, mas potencializar dando a esse policial ferramentas que o habilite realmente a ir pra comunidade oferecendo algo muito diferente do que a mera presença policial e essa perspectiva de aplicar o direito penal. Então, nós somos muito mais do que isso, nós somos a polícia que vai além da abordagem, das apreensões e das prisões, porque cria um vínculo com a comunidade se relacionando com ela”, enfatizou major Messias.
Onélia Santana, secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos humanos, classificou o trabalho dos policiais como uma “ponte” entre o público atendido pelo comando e certeza de uma comunidade mais tranquila para se viver. “A SPS tem 35 equipamentos aqui em Fortaleza e você vê a quantidade de jovens, mulheres e homens que frequentam esses espaços, que fazem atividades esportivas, culturais. Mas ainda é necessário avançarmos e acredito que vocês podem ser uma luz na vida de muitos jovens, crianças e mulheres nas comunidades, e essa ponte que vocês serão para a vida dessas pessoas será de extrema importância para o nosso estado. O nosso papel é acolher bem”, disse a gestora.