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Durante a abertura do Hydrogen Dialogue Latin America, iniciativa da NürnbergMesse Brasil, em parceria com a Hiria NürnbergMesse, Guia Marítimo e a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), o governador do Ceará, Elmano de Freitas, discutiu estratégias e apresentou os projetos do Estado para o desenvolvimento de políticas e da produção de hidrogênio verde (H2V) para os mercados interno e externo.

O Hydrogen Dialogue Latin America, que está sendo realizado em São Paulo, nesta quarta-feira (18) e na quinta-feira (19), tem o objetivo de potencializar as discussões sobre oportunidades de negócio e a viabilização do hidrogênio verde como a principal solução global para a descarbonização.

E essa é a principal ideia também do Governo do Ceará no que diz respeito ao desenvolvimento de uma cadeia de H2V. “Nosso estado tem realizado esse projeto em uma parceria do Governo, com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e com as universidades do estado. Nós devemos assinar [na próxima semana] uma parceria com a MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) para fazermos uma planejamento estratégico de longo prazo de hidrogênio verde para o estado do Ceará. E a garantia, no caso do Estado, é de que nós vamos fazer um investimento da ordem de R$ 625 milhões para a modernização do nosso Porto [do Pecém], adaptando-o para a Trasnordestina e para o hidrogênio verde. Estamos garantindo também o recurso para o reúso de água do esgotamento sanitário da Capital para a produção de H2V”, pontuou Elmano de Freitas.

Esta edição do Hydrogen Dialogue vai proporcionar a produção e o compartilhamento de conteúdo, além de networking entre produtores, investidores, cientistas, operadores logísticos e grandes consumidores.

Diante da urgência pela descarbonização global e no potencial da economia do hidrogênio verde e das energias renováveis para o Brasil, especialmente na região Nordeste, a produção dessa energia limpa é apontada como solução de transição energética da Europa.

Elmano de Freitas citou ainda outras ações diretamente importantes para que essa cadeia de energia limpa se consolide no Ceará. Além dos 33 memorandos de H2V e de três contratos com empresas produtoras de energia limpa, que somam cerca de R$ 40 bilhões, o chefe do Executivo citou ainda a duplicação do Eixão das Águas (que passará de 11m³/s para 22m³/s de transposição das águas do Rio São Francisco), via Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a Usina de Dessalinização de água do mar, que garantirá segurança hídrica.

“Há ainda os leilões de linhas de transmissão para fornecimento de energia, que garantimos, e que está diretamente ligada à produção de hidrogênio verde. Haverá também a conclusão da Transnordestina, que ligará o estado à região produtora de grãos para exportação. E, com isso, poderá haver o oferecimento de amônia verde como fertilizante para a região do Matopiba (região formada por áreas majoritariamente de cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)”, pontuou o governador, lembrando ainda da instituição de uma política de H2V e de um Conselho para o tema no Ceará.

Vale ressaltar ainda que, recentemente, o Governo do Ceará assinou Memorando de Entendimento com as empresas GoVerde Energia e Apollo Asset para viabilizar a produção de energia e amônia verde – uma alternativa limpa obtida a partir do hidrogênio verde – no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza.

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