Está marcada para o dia 24 de outubro a cerimônia oficial na qual Benigna Cardoso da Silva – a Menina Benigna –será consagrada como beata: a primeira mártir cearense a receber o título concedido pela Igreja Católica.
A beatificação ocorrerá no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti, no Crato. Enquanto isso, em Santana do Cariri, terra natal da homenageada, um projeto do Governo do Ceará realiza melhoria e ampliações no centro de peregrinação.
A futura beata possui hoje um espaço em sua homenagem no distrito de Inhumas, em Santana do Cariri, local onde nasceu e que recebe pelo menos duas vezes por ano milhares de pessoas, nas romarias e caravanas em devoção à Menina Benigna. No intuito de ampliar a estrutura existente na área, formada por uma capela e um memorial, e oferecer mais conforto e segurança ao público, que deve aumentar com a beatificação, a nova área do santuário terá aproximadamente 48 mil metros quadrados (m²). A construção é supervisionada pela Superintendência de Obras Públicas (SOP), e encontra-se com 35% da execução concluída.
O complexo religioso será integrado com monumento em memória à jovem, templo para celebração de missas campais, uma trilha pavimentada de cerca de 500 metros conhecida como Caminhos do Martírio, além de estacionamento para motos, carros e ônibus, e jardins arborizados. No momento, as equipes de engenharia se concentram nos serviços de terraplanagem da área de fundações da estátua e na pavimentação das vias de acesso, passeios e estacionamento em piso intertravado.
São mais de R$ 15 milhões investidos através do Tesouro do Estado para ampliar e requalificar a área que compreende o santuário da Menina Benigna, equipamento que, ao término da obra, passará a fazer parte do circuito de atrações regionais do Cariri, coordenadas pela Secretaria da Cultura (Secult), dessa forma estimulando o turismo religioso e fortalecendo as tradições culturais do povo cearense.
Menina Benigna
Santanense aclamada como “Heroína da Castidade”, Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928, vindo a falecer aos 13 anos de idade, em 24 de outubro de 1941, vítima de assassinato cometido por Raul Alves ao tentar violentá-la. A resistência da moça às agressões tornou-se símbolo da fé popular e da luta contra abusos sofridos por mulheres, crianças e adolescentes. Em 2011, a Diocese do Crato deu início ao seu processo de beatificação. Em 2019, o martírio de Benigna foi reconhecido pelo Vaticano.