Sindicado dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e Federação nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam cerceamento ao exercício profissional dos jornalistas na Câmara Municipal de Fortaleza

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Camara Municipal de Fortaleza – Plenário Fausto Arruda Foto: Érika Fonseca

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar o episódio de cerceamento ao livre exercício profissional da categoria, ocorrido na manhã desta quinta-feira (28/04), na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). Conforme relatos, repórteres foram impedidos de entrar ou permanecer no Plenário.

Segundo os servidores que fazem o controle de acesso, o bloqueio se deu a pedido do mandato do vereador Ronivaldo Maia, que “não iria conversar com a imprensa”. Extraoficialmente, a Câmara confirmou o pedido e a decisão a jornalistas. Os profissionais continuaram na sala de imprensa, mas o acesso ao Plenário não foi mais permitido.

Ronivaldo Maia, que retornou hoje após licença por envolvimento em crime de feminicídio, nega o pedido e diz não ter participado da decisão. Por meio de nota, o vereador afirma que os jornalistas foram, inclusive, informados para cobrir seu retorno ao parlamento municipal, onde deu explicações sobre sua situação.

Para o Sindjorce e a FENAJ, entre os direitos fundamentais dos jornalistas está a liberdade de exercício da profissão sem qualquer tipo de constrangimento, interno ou externo, que vise obstruir, direta ou indiretamente, a livre divulgação de informação.

Sem título 2Casos dessa natureza, que configuram obstrução ao trabalho da imprensa, são registrados no Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa, elaborado anualmente pela Federação, com informações dos Sindicatos de Jornalistas filiados. E o Ceará tem registrado número recorde de violações este ano.

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As entidades esperam que a Casa legislativa tome as medidas cabíveis para reparar as violações ao exercício profissional dos jornalistas e que situações como essa não voltem a acontecer. Impedir o livre exercício do Jornalismo é um atentado contra o direito humano fundamental da sociedade de ser informada. Práticas de impedimento ao trabalho dos operários e das operárias da notícia são características de regimes totalitários e deve ser amplamente combatido por todos os segmentos sociais.

O jornalismo é um bem público essencial à democracia.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce)

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

Com informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

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