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Pesquisa da Uece terá o suporte da Fundação Oswaldo Cruz para ampliação de testes em animais

Nesta quinta-feira, 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde, data em que se celebra também o aniversário de Oswaldo Cruz, o Governo do Ceará e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) selaram acordo de cooperação para desenvolvimento e produção da vacina cearense contra a Covid-19.

O governador, Camilo Santana, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, assinaram o documento com transmissão ao vivo pelas redes sociais. Estiveram presentes a vice-governadora, Izolda Cela, o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, e da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), o reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Hidelbrando Soares, coordenador geral da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor e a professora imunologista Izabel Florindo Guedes, que chefia o grupo de criação da vacina cearense 2H120 Defense na Uece.

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Abrindo a transmissão, o governador do Ceará ressaltou a importância tanto do termo de cooperação quanto do investimento em ciência e tecnologia no Estado. “A partir de hoje a Fiocruz será parceira do avanço na pesquisa da vacina contra Covid desenvolvida pela Uece.

Com esse protocolo de cooperação, estaremos juntos também em um futuro programa de parceria para projetos de pesquisa, ensino, serviços, extensão, desenvolvimento tecnológico e produtivo, entre outros”, afirmou.

A cooperação entre as instituições visa realizar ajustes solicitados pela Anvisa na fase de testes em animais da vacina cearense 2H120 Defense, revendo e ampliando resultados. Isso é necessário para que os pesquisadores possam realizar a submissão de documentos para solicitar autorização para dar início aos testes em humanos.

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“Não haveria um dia melhor para selar uma parceria de sucesso entre Ceará e Fiocruz, hoje celebramos o Dia Nacional da Saúde, na data em que se celebra também o aniversário de Oswaldo Cruz. Estamos diante de um acordo que demonstra a importância do papel da ciência e da tecnologia como pilares essenciais da saúde. Quero aproveitar para agradecer a todos os profissionais da saúde, e aqueles que se dedicam à pesquisa e à ciência em um momento de pandemia. Inclusive, já sabemos, através de pesquisas, que a redução de mortalidade e nos números de atingidos pela Covid-19 é fruto que colhemos com a vacinação”, apontou Nísia Trindade.
Pelo acordo, cabe à Fiocruz disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos relacionados com o assunto. O Governo do Ceará assume a atribuição de disponibilizar recursos financeiros para execução do acordo, que não inclui repasse de verba. Secitece e Uece ficam com a responsabilidade de disponibilizar espaço físico e pessoal (veterinário e técnico) para manejo, cuidado e guarda dos animais relacionados ao projeto; disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e também apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos.

“O caminho para sair da pandemia é o da pesquisa e da ciência, e a Fiocruz montou no Ceará um dos maiores centros de testagem e que atende o Brasil inteiro. E nós sempre acreditamos que, para construir um futuro melhor é preciso investir em educação, promover bolsas de estudo, e incentivar a pesquisa em ciência e tecnologia, e é o que fazemos em nosso Estado”, atestou Camilo Santana.

Vacina cearense

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A vacina 2H120 Defense, em desenvolvimento pela Uece, com o suporte da Fiocruz, propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, semelhante ao SARS-CoV-2, que já vem sendo utilizado há muito tempo e que não tem potencial agressor em humanos. Esse microorganismo seria capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra a Covid-19.
Com a possível conclusão da pesquisa desenvolvida pela Uece, o País poderá contar com uma vacina de baixo custo e de aplicação intranasal. A estimativa é que a concentração de vírus vacinal por dose em um frasco seja capaz de fornecer 250 doses. Desta forma, cada dose poderá custar centavos de real.
A pesquisa da vacina cearense começou em abril de 2020, desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderado pela professora imunologista Izabel Florindo Guedes.

Vacinação no Ceará

O Ceará tem sido um dos líderes regionais e nacionais em aplicação de vacinas, conforme recebe os repasses dos imunizantes pelo Ministério da Saúde. Conforme dados computados até as 17 horas do dia 4 de agosto, são 5.703.308 doses aplicadas. O número de pessoas que tomaram a primeira dose (D1) chega a 3.960.347, o que representa 42% do público-alvo. Já o total de habitantes com esquema vacinal completo é de 1.742.961, entre imunizados com segunda dose e pessoas que tomaram dose única (Janssen), o que representa quase 18%.

Protocolo

Além do acordo para desenvolvimento da vacina cearense, o encontro entre Governo do Ceará e Fiocruz resulta na assinatura de protocolo para desenvolver programa futuro de mútua cooperação englobando os seguintes objetivos:

a) Desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino, serviços, extensão, desenvolvimento tecnológico e produtivo em diversas áreas em saúde de interesse do estado e em consonância com a missão da Fiocruz;

b) Permitir o intercâmbio ou uso comum de recursos logísticos, infraestrutura instaladas ou móveis, como também relacionados a tecnologia de informações, dentre outros, mediante termos específicos e respeitadas legislações pertinentes;

c) Programas e ações de ensino e formação de recursos humanos;

d) Projetos de pesquisa nos diversos campos e/ou dimensões da saúde, com especial prioridade para estudos epidemiológicos, de planejamento e gestão em saúde, de economia em saúde, de controle ambiental, de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, de doenças de importância sanitária para o Ceará e região, de desenvolvimento da cidadania e do Estado no campo da saúde, ciência e tecnologia;

e) Projetos de desenvolvimento tecnológico nas áreas de insumos e produtos para a saúde, de controle sanitário de doenças, de organização e gestão de serviços de saúde, de controle ambiental e impactos em saúde, de aprimoramento de instrumentos de organização da sociedade e do Estado em saúde;

f) Empreendimentos econômicos em saúde, incluindo instrumentos de desenvolvimento e incentivo a organização de serviços de saúde, a inovação em saúde e ao desenvolvimento do complexo econômico e industrial da saúde no estado, podendo ser instrumentos para tal, em especial considerando incentivos legais no marco da inovação: subvenção econômica, financiamento; participação societária; bônus tecnológico; encomenda tecnológica; incentivos fiscais; concessão de bolsas; uso do poder de compra do Estado; fundos de investimentos; fundos de participação; títulos financeiros, incentivados ou não; previsão de investimento em pesquisa e desenvolvimento em contratos de concessão de serviços públicos ou em regulações setoriais;

g) Estudos especializados, tais como prospecções, estudos de cenários, de mercado, ou outros similares de interesse para o campo da saúde, ciência e tecnologia, bem como a realização de consultorias técnicas especializadas;

h) Atuar conjuntamente para a promoção dos territórios saudáveis e sustentáveis orientada pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS);

i) Implementar mecanismos institucionais visando a gestão do Parque Tecnológico de Eusébio

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