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O cearense Wellington Macedo de Souza foi condenado por tentar explodir bomba em área do Aeroporto de Brasília e Pitangui é suspeito de participar de atos antidemocráticos. A Interpol fez o pedido de cooperação para prender os dois foragidos que foram presos no Paraguai e entregues à PF pela Ponte da Amizade

O blogueiro Wellington Macedo de Souza e o radialista Maxcione Pitangui de Abreu foram entregues à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (14) após serem presos no Paraguai.

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A entrega foi feita pela Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, à Cidade do Leste, onde os dois foram presos. 

Ambos tinham mandado de prisão em aberto e eram considerados foragidos pelas autoridades brasileiras. O blogueiro também estava na lista de procurados da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

Mesmo foragido, Wellington foi condenado a mais de seis anos de prisão por colocar uma bomba em um caminhão de combustível perto do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. 

blogueiro bolsonarista preso
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A ordem de prisão contra o radialista conhecido como Max Pitangui é por participação em atos atos antidemocráticos contra o resultado das eleições de 2022. Ele era procurado desde 15 de dezembro, quando a PF realizou uma operação contra bolsonaristas radicais suspeitos de organizar os atos.

Os dois estão presos na Polícia Federal em Foz do Iguaçu e devem ser transferidos nesta sexta-feira (15) para Brasília.

Empresária também foi presa

Rieny Munhoz Marcula foi presa no Paraguai e levada para Foz do Iguaçu — Foto: William Brisida/RPC Foz do Iguaçu

Rieny Munhoz Marcula foi presa no Paraguai e levada para Foz do Iguaçu — Foto: William Brisida/RPC Foz do Iguaçu

Mais tarde, a polícia paraguaia divulgou que a ação desta quinta também prendeu a empresária Rieny Munhoz Marcula, de São Bernardo do Campo (SP).

De acordo com a polícia do Paraguai, há mandado contra ela aberto no Brasil. Rieny também era procurada pela Interpol e é apontada como financiadora de atos antidemocráticos.

Cooperação internacional

Blogueiro e radialista presos no Paraguai — Foto: Interpol/Comando Tripartite/PF

Blogueiro e radialista presos no Paraguai — Foto: Interpol/Comando Tripartite/PF

Segundo a polícia paraguaia, no momento da prisão, Wellington tentou fugir. Ele correu, acabou tropeçando e caiu, motivo pelo qual foi entregue com curativo da cabeça.

Maxione se entregou sem resistir, segundo as autoridades paraguaias. Ele estava morando e vivendo na cidade paraguaia com a esposa e três filhos.

Os dois foram presos em ação conjunta da Interpol e do Comando Tripartite, formado por forças policiais de Foz do Iguaçu, de Puerto Iguazú, na Argentina, e Cidade do Leste. Informações compartilhadas pelas autoridades brasileiras ajudaram na ação.

O pedido de cooperação foi feito pela Interpol há 15 dias. Ambos estavam sendo monitorados por autoridades paraguaias.

Mandado de prisão contra Wellington Macedo

O blogueiro Wellington Macedo de Souza foi assessor no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves durante o governo de Jair Bolsonaro.

O crime pelo qual foi condenado foi no dia 24 dezembro de 2022. Junto de outras duas pessoas, Wellington tentou explodir uma bomba na área do Aeroporto Internacional de Brasília. No dia, o blogueiro usava tornozeleira eletrônica, o que rastreou a participação dele no caso.

Wellington começou a trabalhar na área da comunicação cobrindo notícias da região norte do Ceará. Em 2018, passou a publicar notícias alinhadas ao bolsonarismo.

No mesmo ano, o blogueiro foi alvo de pelo menos 59 ações por danos morais movidas por diretores de escolas do município Sobral, no interior do Ceará, por conta da série de reportagens “Educação do Mal”.

Com Informações do G1

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