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Gustavo Petro, principal liderança progressista do país, é eleito primeiro presidente de esquerda do país, derrotando o empresário de direita Rodolfo Hernández

Após uma corrida eleitoral bastante disputada, o economista Gustavo Petro foi eleito presidente da Colômbia neste domingo (19). Petro, que participou de movimentos guerrilheiros nos anos 1980 e se consolidou como a principal liderança progressista do país nos últimos anos, será o primeiro presidente de esquerda da história do país.

Segundo dados da contagem rápida do Cartório Nacional Eleitoral, a chapa formada por Petro e Francia Márquez conquistou 50,69% dos votos com 94,57% apurado. Hernández teve 47,05%.

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“Hoje é dia de festa para o povo. Que ele celebre a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam amortecidos na alegria que hoje inunda o coração da Pátria. Esta vitória para Deus e para o Povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e praças”, escreveu Petro nas redes sociais após ser eleito presidente.

Hernández já admitiu a derrota enquanto o presidente Iván Duque, de extrema-direita, ligou para felicitar o presidente eleito.

Petro foi o candidato mais votado no primeiro turno, com pouco mais de 40% dos votos, mas teve que travar uma dura disputa com Hernández. O candidato direitista tentou se pintar como um outsider antissistema, embolando a disputa.

A vitória de Gustavo Petro é o principal fruto da jornada de mobilizações que sacudiu o país nos últimos anos. Depois de quase vinte anos governada pela extrema-direita através do uribismo, a Colômbia elegeu o primeiro presidente de esquerda de sua história.


Discurso de vitória

Em seu discurso, Petro repetiu que seu governo será feito “com a política do amor”.

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“A política do amor não é uma mudança para nos vingarmos, não é uma mudança para construir mais ódio ou aprofundar o sectarismo na sociedade colombiana. Nossos pais e avós nos indicaram o que significa o sectarismo. A mudança consiste em deixar o ódio para trás”, disse ele.

Ele falou em um grande acordo nacional para conseguir a paz e os direitos das pessoas. É uma sinalização de que ele quer fazer um acordo com os grupos guerrilheiros que ainda não depuseram suas armas.

Em seu discurso ele fez menções ao passado de conflitos no país. Ele fez menção ao próprio passado “de lutas, de rebeldias contra a injustiça, contra um mundo que não deveria ser, contra a discriminação, contra a desigualdade, quanta gente nos acompanha que desapareceu pelos caminhos da Colômbia, quanta gente morreu, quanta gente está presa hoje, quantos jovens tratados como bandoleiros só porque tinham esperança, só porque tinham amor”.

“Nós vamos desenvolver o capitalismo na Colômbia”, disse ele, antes de afirmar que é preciso “superar o feudalismo na Colômbia, superar a mentalidade atávica ligada a esse mundo de servos” e falar sobre o fortalecimento da economia popular.

Ele disse também que quer que o país esteja à frente da luta contra as mudanças climáticas. Ele afirmou que é preciso salvar a Amazônia para salvar a humanidade, e que é preciso estabelecer um diálogo nas Américas (e falou sobre a possibilidade de falar com os EUA).

Petro falou que propõe à América Latina uma integração maior, e à Colômbia a se enxergar como parte da América Latina.

Com Revista Fórum e G1

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