FENAJ E FIJ dizem que Israel deve ser responsabilizado por seus crimes contra jornalistas e demais civis

Legenda foto: Uma bomba aérea atinge a Torre Jala durante um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza. Créditos: MAHMUD HAMS / AFP

FENAJ e Federação Internacional dos Jornalistas, condenam ataques a jornalistas na Faixa de Gaza

FENAJ soma-se à Federação Internacional dos Jornalistas na condenação aos ataques a jornalistas que atuam na Faixa de Gaza e a civis e ao apelo por medidas para impedir novos ataques.

Israel derrubou no sábado, 15 de maio, um prédio de 12 andares na cidade de Gaza, que abrigava agência de notícias norte-americana AP, a sucursal de notícias Al Jazeera e outros veículos internacionais.

A Federação Internacional de Jornalistas apelou ao Conselho de Segurança da ONU, que se reúne nesta segunda-feira, 17, para que sejam tomadas medidas urgentes para impedir o ataque deliberado e sistemático de jornalistas em Gaza.

Os ocupantes receberam uma ordem de evacuação do edifício antes do ataque acontecer. É o quinto edifício que a aviação israelense bombardeia na atual escalada militar contra as milícias do Hamas em Gaza.

O apelo da FIJ, apoiado por suas entidades filiadas, entre elas a FENAJ, veio depois que um terceiro prédio de mídia, incluindo The Associated Press e Al Jazeera, foi destruído por bombas israelenses. A FIJ condenou veementemente o ataque. Mais de 30 jornalistas também foram agredidos ou detidos. Os serviços de Internet foram bloqueados.

O bombardeio do prédio Al Jalaa foi captado ao vivo por múltiplas cadeias de televisão internacionais, inclusive aquelas que transmitiam ao vivo do próprio edifício.

Na esteira dos ataques, a Federação Internacional dos Jornalistas escreveu às autoridades israelenses, ao Secretário-Geral da ONU e a todos os membros do Conselho de Segurança, exigindo o fim da segmentação deliberada e sistemática da mídia e jornalistas e uma clara tentativa de silenciar aqueles que exercem o Jornalismo na Faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelense, o edifício “continha ativos militares pertencentes à inteligência militar” do movimento islamista Hamas.

O Secretário Geral da FIJ, Anthony Bellanger, é enfático: “ Israel está violando suas obrigações internacionais. A Resolução 1738 do Conselho de Segurança da ONU exige especificamente que os Estados protejam os jornalistas e sua equipe de apoio que trabalham em ambientes de conflito. Essa segmentação ultrajante da mídia deve parar ”.

Um porta-voz militar israelense agregou que o Hamas escolheu esse edifico para abrigar seus material precisamente devido à presença de meios de comunicação ali, que, segundo ele, são “utilizados como escudos humanos” das milícias islamistas.

A FIJ pediu repetidamente ao governo israelense que investigue os ataques e assassinatos seletivos de trabalhadores da mídia palestina. A FIJ também denunciou a situação às Nações Unidas, apresentando queixas formais aos Relatores Especiais, em dezembro de 2020. A falta de investigações transparentes e a impunidade galopante para aqueles que cometem esses crimes são um terreno fértil para ataques contínuos contra a mídia em toda a Palestina e Israel.

Jornalistas entre os escombros do edifício Al Jalaa depois do bombardeio. O ataque ocorreu pouco depois de que as milícias palestinas de Gaza lançassem uma rajada de foguetes contra Tel Aviv, a maioria dos quais foram interceptados, embora um deles caiu na rua Ramat Gan, onde um homem de 55 anos morreu e 13 pessoas ficaram feridas.

 

Restos do edifício Al Jalaa depois de ser bombardeado neste sábado em Gaza. O ataque foi apenas um dos muitos ocorridos na manhã do sábado dia 15 de maio, incluindo vários disparos de foguetes contra comunidades comunidades israelenses próximas de Gaza e vários bombardeios israelenses sobre alvos identificados como centros militares do Hamas.

 

Com Informações da Federação Internacional dos Jornalistas – FIJ / El País / AFP

 

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