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Indicada a embaixada americana em Brasília, Elizabeth Bagley, em audiência do Senado em 18 de maio de 2022 — Foto: Reprodução/Senado EUA

O Senado americano sabatinou a diplomata Elizabeth Bagley; durante a audiência, ela foi questionada sobre as eleições no Brasil e meio ambiente.

Elizabeth Bagley, indicada pelo presidente Joe Biden para ser embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, disse nesta quarta-feira (18) que acredita que as eleições brasileiras serão justas por conta das instituições democráticas do país.

“Eles têm instituições democráticas, têm um sistema eleitoral democrático, um judiciário e um legislativo independentes. Têm liberdade de expressão, assembleias. Eles têm todas as instituições democráticas que precisam para promover eleições livres e justas”, disse a senadores dos EUA.

Nesta quarta, o comitê de Relações Internacionais do Senado americano sabatinou a diplomata ao lado de outros indicados para chefiar outras delegações internacionais. Durante a audiência, Bagley foi questionada sobre as eleições no Brasil e meio ambiente.

O senador Robert Menendez, presidente do comitê, perguntou à indicada a embaixadora em Brasília sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro e o que ela poderia fazer para se certificar de que as eleições no Brasil correriam bem.

“Bolsonaro disse várias coisas, mas o Brasil é uma democracia”, afirmou a diplomata.

 

“Eu atuo no Instituto Democrático Nacional por mais de 30 anos. Eu já monitorei muitas eleições e sei que não será um momento fácil por causa de muitos dos comentários dele, mas apesar desses comentários, esta realidade histórica das instituições. Eu acho que o que vamos continuar a fazer é mostrar a nossa confiança e a nossa expectativa de que eles vão ter uma eleição livre e justa” disse Bagley.

Meio Ambiente

A diplomata disse que a maior responsabilidade dela no Brasil, se for confirmada no cargo, vai ser trabalhar junto com o governo brasileiro para que o pais cumpra as metas de combate ao desmatamento da Amazônia.

Bagley disse que o governo Bolsonaro não está trabalhando par alcançar os compromissos de desmatamento anunciados pelo Brasil no ano passado, na conferencia do clima da ONU, em Glasgow.

Ela disse ainda que uma das prioridades dela no cargo vai ser encorajar esforços para proteger os defensores da floresta e processar os crimes ambientais e atos de violência relacionados a esses crimes.

Elizabeth Bagley já atuou como embaixadora dos EUA em Portugal e, atualmente, é dona e diretora de uma empresa de telefonia celular no estado norte-americano do Arizona.

“Sua experiência diplomática inclui serviço como conselheira sênior dos Secretários de Estado John Kerry, Hillary Clinton, e Madeleine Albright. Ela também serviu como representante especial para a Assembleia Geral das Nações Unidas, representante especial para Parcerias Globais, e embaixadora dos EUA em Portugal”, disse a Casa Branca em um comunicado.

“No início de sua carreira, a sra. Bagley trabalhou com o Departamento de Estado e Congresso para os Tratados do Canal do Panamá, foi assistente especial para os Acordos de Camp David e auxiliou nas conexões com o Congresso para a Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa (Acordos de Helsinki) em Madri, Espanha. A sra. Bagley é Bacharel na Regis College, Weston, Massachusetts, e Doutora em Direito pelo Centro de Direito da Universidade de Georgetown”, prossegue o currículo.

A Casa Branca também anunciou três novos indicados para chefiar embaixadas:

Jane Hartley, indicada a embaixadora no Reino Unido;

Alexander Laskaris, indicado a embaixador na República do Chade;

Alan Leventhal, indicado a embaixador na Dinamarca.

Segundo reportagem do jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, Bagley, Harley e Leventhal são também grandes financiadores da campanha à Casa Branca do presidente Biden.

Com G1, Metrópoles, The Wall Street Journal

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