Por conta das rígidas regras sanitárias no Kremlin, o protocolo russo exigiu que o
presidente Jair Bolsonaro (PL) use máscara e permaneça confinado em seu hotel, em Moscou, até que ocorra a reunião com o presidente Vladimir Putin, na quarta-feira(16).
Bolsonaro desembarcou com uma máscara nesta terça-feira(16), numa viagem marcada por polêmicas e considerada mesmo dentro do Itamaraty como uma missão de “alto risco”. Mas a exigência dos russos causou
comoção no Executivo brasileiro, que
mobilizou o Itamaraty a tentar reverter a
obrigação de manter Bolsonaro preso e confiando em um hotel até amanhã.
Ainda não está assegurado que a
regra será cumprida ou se haverá espaço
para uma negociação. O tema seria tratado
ainda nesta tarde, em Moscou.
Em todas suas viagens ao exterior, o
presidente usou parte de sua agenda para
passear pelas cidades que visitou, além de
fazer um material de promoção para sua
base mais radical.
O fato, segundo membros do Itamaraty, é
que as exigências também acabaram
levando a uma redução da equipe que
acompanharia o presidente.
Para o encontro com Putin, as regras são
estritas. Nem mesmo o chanceler Carlos
França poderá entrar e Bolsonaro estará
acompanhado apenas por um intérprete.
No Itamaraty, o temor é de que, sem um
profissional ao seu lado, Bolsonaro cometa
algum deslize diplomático ou aceite
condições e propostas que poderiam
representar dificuldades para o Brasil.
Bolsonaro teve de realizar ainda um teste de
covid-19 no avião. Um outro teste terá de ser realizado entre hoje e amanhã.
Com informações do UOL