É hora de fugir para Guaramiranga? Vulcão capaz de causar tsunami no Nordeste do Brasil e na costa leste dos EUA entra em alerta amarelo de erupção

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O vulcão espanhol Cumbre Vieja, em La Palma (Ilhas Canárias), que especialistas dizem que poderia provocar um grande tsunami no nordeste do Brasil  e na costa leste dos  EUA  em caso de colapso numa grande erupção passou a chamar atenção dos cientistas nos últimos dias por um aumento da atividade sísmica.

La Palma experimentou um aumento significativo nos movimentos sísmicos desde sábado, acompanhando a tendência de alta desde 2017 e ganhou maior força desde 2020. Nos últimos dias, além de aumentar o volume de movimentos sísmicos, sua intensidade aumentou com abalos que tiveram magnitude superior a 3.

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A profundidade dos epicentros também diminuiu,  em média, de 30 para 12 quilômetros. Só ontem foram mais de 100 tremores e um teve profundidade de apenas 4 quilômetros.

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A atividade registrada desde sábado é mais intensa. O Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, Involcán, descreveu o movimento como “uma mudança significativa” no vulcão Cumbre Vieja, ligada ao fenômeno conhecido como intrusão magmática, um processo que ocorre dentro da crosta terrestre em que o magma se aproxima da superfície.

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Os dados de emissão de hélio-3, que determinam a atividade magmática, têm “o maior valor observado nos últimos 30 anos”, de acordo com a avaliação do comitê Pevolca para o monitoramento geoquímico de gases vulcânicos.

Um dos cenários hipotéticos em caso de grande erupção e colapso do vulcão Cumbre Vieja é um grande tsunami que afetaria todas as áreas costeiras banhadas pelo Oceano Atlântico, o que inclui todo o litoral do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Amapá. Por isso, pesquisadores prestam muita atenção no vulcão de Las Palmas.

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Em trabalho publicado pela Universidade Federal do Paraná, Mauro Gustavo Reese Filho observa que o Oceano Atlântico não é famoso pela sua capacidade de gerar tsunamis, mas que o vulcão ativo Cumbre Vieja poderia ser o agente responsável por um evento desta natureza na região.

No fundo do oceano, os tsunamis são quase imperceptíveis, mas podem se mover tão rápido quanto um avião a jato, a mais de 800 km/h. Ao entrarem em águas rasas perto da terra, diminuem a velocidade de aproximadamente 20 ou 30 km.

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Adormecido há décadas, o vulcão começou a dar sinais de atividade moderada nos últimos dias. A informação da elevação de nível do vulcão foi dada pelo portal MetSul Meteorologia e confirmada pelo portal UOL, que conversou com o pesquisador do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (UFC), Carlos Teixeira.

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“Ele não estava dando sinais de erupção, mas agora ele chegou a um segundo nível. São quatro níveis de alerta. Ele pode vir a ter uma erupção, mas não significa que essa erupção vai gerar um tsunami, mas é uma possibilidade, mesmo que mínima”, explica Carlos Teixeira.

Veja a simulação se caso acontecesse a tsunami:

Segundo o pesquisador, a estimativa é que uma próxima erupção poderia desestabilizar a encosta da ilha e gerar um tsunami que percorreria distâncias transatlânticas e que atingiria o praticamente todos os países banhados pelo Oceano Atlântico.

Fonte: The Sun / MetSul / Geografia Geral

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