Assim como no ano passado, o homem mais rico do Ceará continua sendo o médico cearense Cândido Pinheiro Koren de Lima, 74 anos, fundador da rede Hapvida. Ele é o 15º brasileiro mais rico e o 807º mais rico do globo, segundo a lista da Forbes 2021. Possui fortuna de US$ 3,7 bilhões. Em 2020, a fortuna dele era US$ 1,6 bilhão. Junto com Cândido, estão seus dois filhos: Cândido Pinheiro Koren de Lima Jr (US$ 1,8 bi), vice-presidente comercial e de relacionamento do Sistema Hapvida; e Jorge Pinheiro Koren de Lima (US$ 1,8 bi), filho mais novo e atual presidente. Ambos os irmãos estão empatados na posição 1.750º do ranking mundial.

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Jorge Pinheiro Candido Pinheiro e Candido Pinheiro Junior | A fortuna dos bilionários cearenses da Hapvida saltou de US$ 4 bilhões para US$ 8,8 bilhões

O grupo Hapvida teve um crescimento de 62,7% da receita líquida, chegando a R$ 2,1 bilhões durante a pandemia de coronavírus. Hapvida fez ainda uma série de empreendimentos recentes como a compra do grupo São Francisco, maior operadora de saúde do Brasil.

A lista de 2020 trazia 16 nomes de cearenses com uma fortuna na casa dos sete dígitos. Entretanto, esse ano, o número reduziu. Seguia na classificação como quarto lugar os representantes do grupo Ari de Sá, detentores das empresas Arco Educação. Oto de Sá Cavalcante e família acumulavam um montante de R$ 7,53 bilhões e apareciam como 58º mais rico do Brasil. A família é seguida pelo empresário Mário Araripe, dono da empresa energética Casa dos Ventos.

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A Forbes usou os preços das ações e as taxas de câmbio de 5 de março para calcular o patrimônio líquido. No ano passado, a data de corte foi 18 de março.

Bilionários

Em um ano atípico, em meio a uma pandemia, 660 pessoas viram sua fortuna marcar os sete dígitos e entraram na lista da Forbes 2021 de bilionários. Ao todo, o planeta possui 2.755 bilionários, com uma fortuna que chega a US$ 13,1 trilhões, valor bem acima dos US$ 8 trilhões da lista de 2020. Desse total, 65 são brasileiros e três cearenses.

Confira no link a lista em tempo real

Além do aumento das fortunas, o número de recém-chegados também aumentou. Esse ano marcou um recorde: foram cerca de um novo bilionário a cada 17 horas, incluindo 210 da China e de Hong Kong e 98 dos Estados Unidos. É americano o homem mais rico do mundo. Jeff Bezos é a pessoa mais rica do planeta pelo quarto ano consecutivo, com uma fortuna estimada em US$ 177 bilhões, US$ 64 bilhões a mais do que no ano passado, uma consequência do aumento das ações da Amazon.

Elon Musk, por outro lado, foi quem mais viu seu dinheiro aumentar. Ele disparou para o segundo lugar com uma fortuna de US$ 151 bilhões, US$ 126,4 bilhões a mais do que um ano atrás, quando ficou em 31º lugar, tendo US$ 24,6 bilhões. De acordo com a revista de economia, o principal motivo para essa performance foi o aumento de 705% nas ações da Tesla.  Em terceiro lugar, está o magnata francês do luxo, Bernard Arnault, que manteve o terceiro lugar, mesmo com seu dinheiro triplicando. Ele foi de US$ 76 bilhões para US$ 150 bilhões, apoiado pelo aumento de 86% nas ações da LVMH, um conglomerado que inclui marcas como Louis Vuitton, Christian Dior e a loja de cosméticos Sephora.

Brasil

No geral, a fortuna dos brasileiros da lista aumentou consideravelmente, já que eles detêm hoje um patrimônio conjunto de US$ 219,1 bilhões, contra US$ 127,1 bilhões do ano passado. Com o falecimento de Joseph Safra, que levou a divisão do bens do brasileiro mais rico de 2020, o topo da lista agora é de Jorge Paulo Lemann e família, com US$ 16,9 bilhões, marcando o 114º lugar na lista global. A posição marcou um ganho de 15 lugares em relação à última versão do ranking.

Na sequência, entre os brasileiros, está Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, com US$ 14,6 bilhões. Segue na lista um dos sócios da Lemann na AB Inbev, Marcel Herrmann Telles, com uma fortuna estimada em US$ 11,5 bilhões e o 191º lugar no ranking. O quarto no top é  Jorge Moll Filho e família, donos de um patrimônio líquido de US$ 11,3 bilhões e a 194ª posição na lista global.

Além de Joseph Safra, a lista deste ano perde também Aloysio de Andrade Faria, o banqueiro fundador do Grupo Alfa, falecido em 15 de setembro do ano passado, aos 99 anos.

A lista ganhou onze bilionários estreando. Um deles é David Vélez, cofundador do Nubank, com US$ 5,2 bilhões, 539º da lista geral. Segundo a Forbes, o banco digital captou, no fim de janeiro, US$ 400 milhões, o que o colocou entre as cinco maiores instituições financeiras da América Latina, com uma avaliação de US$ 25 bilhões.

Além dele, está Guilherme Benchimol, fundador da XP, com patrimônio estimado em US$ 2,6 bilhões. O executivo criou a empresa que tem, sob sua gestão, R$ 1,4 trilhão em ativos – há duas décadas. André Street e Eduardo de Pontes, cofundadores da processadora de pagamentos Stone, com US$ 2,5 bilhões e US$ 2,4 bilhões, respectivamente, também estreiam no ranking.

A lista deste ano traz de volta pelo menos 10 brasileiros, entre eles, Rubens Menin Teixeira, da MRV, com US$ 2,2 bilhões; Jorge Pinheiro Koren de Lima, fundador da Hapvida, e seu filho, Cândido, com US$ 1,8 bilhão cada; e os integrantes da família Feffer, da Suzano.

Com informações do O Povo / Forbes

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