Réu no caso da tentativa de atentado a bomba ao aeroporto de Brasília na véspera do Natal, o foragido Wellington Macedo (foto) foi barrado da cerimônia de posse do presidente do Paraguai, Santiago Peña, em Assunção, nesta terça-feira (15).
Macedo tentou se credenciar para a cerimônia a seis dias do evento. O réu se identificou como um jornalista independente do veículo El Pueblo Podcast.
O governo brasileiro notificou o paraguaio de que Macedo é um criminoso por ser foragido da Justiça brasileira. Portanto, ele teve o seu pedido negado.
Segundo a Polícia Civil do DF, Macedo foi quem dirigiu o carro que levou uma bomba de um dos acampamentos golpistas até o aeroporto de Brasília na véspera do Natal, em meio aos atos antidemocráticos promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro que não sabem perder.
O réu confirma ter sido o motorista do veículo, mas alega que desconhecia a existência do explosivo.
Outras duas pessoas se tornaram réus pela tentativa de atentado: George Washington de Oliveira e Alan Diego dos Santos. Ambos foram detidos. Oliveira foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão; Santos Rodrigues, a 5 anos e 4 meses.
Segundo a Folha, Macedo afirmou ao jornal que, até o final de abril, estava escondido na fazenda de um conhecido dos acampamentos golpistas.
Além de envolvido em tentativa de terrorismo doméstico, o réu também mamou nas tetas do governo durante a gestão Bolsonaro.
Ele recebeu R$ 10.373 mensais bruto entre fevereiro e dezembro de 2019 como assessor da então ministra da Mulher, a hoje senadora Damares Alves (Republicanos).